Como usar publicidade contextual para ampliar receita


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A segmentação contextual alcançou um patamar de precisão sem precedentes graças à inteligência artificial, replicando habilidades humanas por meio da aprendizagem de máquina. O recente adiamento da “extinção” dos cookies, como anunciado pela Google, não altera a necessidade de se preparar para um novo cenário. Esse cenário traz uma oportunidade única para as publicações aumentarem sua receita publicitária sem comprometer a confiança dos consumidores.
Através da adoção de tecnologias inovadoras, o setor editorial pode continuar a monetizar sua base de clientes mais preocupada com a privacidade. Cada marca confia no marketing para estabelecer confiança. Com o declínio iminente dos cookies, as publicações devem buscar alternativas para gerar receita. Uma solução viável é utilizar dados primários para a segmentação, ou seja, informações fornecidas voluntariamente pelos consumidores.

Para aqueles que carecem das ferramentas ou da escala necessária para aproveitar os dados primários, a publicidade contextual surge como uma opção. Essa abordagem garante que os anúncios alcancem seu público-alvo sem a necessidade de coletar informações pessoais, algo restrito pelas regulamentações de privacidade, como a LGPD. Isso estabelece um cenário benéfico para todas as partes, preservando a confiança do usuário e protegendo a reputação da marca, ao mesmo tempo em que mantém a receita proveniente de anúncios.
A chave para o sucesso é o contexto. A publicidade contextual é um processo automatizado que emprega a inteligência artificial para direcionar anúncios para páginas da web relevantes, considerando diversos fatores como palavras-chave, conteúdo de imagens e o ambiente da página. Isso assegura que os anúncios sejam veiculados no local mais apropriado para cada marca.

A IA contextual aprimorou a análise de conteúdo de maneira significativa. Ao processar padrões de linguagem natural, é possível obter uma compreensão mais precisa do conteúdo em comparação com o uso exclusivo de palavras-chave. Isso permite uma análise semântica que considera não apenas o texto, mas também o tom e o sentimento presentes nas palavras e nas imagens. Isso proporciona aos anunciantes uma solução confiável e eficaz para a colocação estratégica de suas campanhas.
Evitar certas palavras-chave com possíveis conotações negativas pode levar a interpretações equivocadas. Imagine um conteúdo sobre uma corrida de Fórmula 1, por exemplo. A abordagem convencional poderia bloquear um anúncio simplesmente porque as palavras “acidente” e “colisão” estão presentes no artigo. No entanto, o artigo pode estar discutindo avanços na segurança tecnológica do esporte.
A segmentação contextual não apenas aprimora a experiência do usuário e a lembrança da marca, mas também se estabelece como uma alternativa segura para os anunciantes se conectarem com seus clientes. Pesquisas indicam que anúncios apropriados e não intrusivos podem gerar uma receita adicional de até 2,5 vezes.

Atualmente, cerca de 72% das pessoas se sentem monitoradas por anunciantes e empresas terceiras enquanto navegam na internet. Para 81% delas, os riscos potenciais de segurança na coleta de dados superam os benefícios percebidos. A publicidade contextual surge como uma oportunidade para os editores protegerem suas marcas e cultivarem uma associação positiva com os consumidores. Ao exibir anúncios relevantes, precisos e não intrusivos em suas plataformas, eles estão proporcionando uma experiência mais agradável, o que pode resultar em maior audiência recorrente e atrair novos clientes por meio de recomendações positivas.

Dada a natureza dinâmica das mudanças no setor, os profissionais de mídia precisam constantemente reavaliar e otimizar suas estratégias de divulgação. A pandemia causou uma mudança na jornada de compra dos consumidores, que agora exploram caminhos diferentes e buscam abordagens mais amplas em comparação com a pesquisa por marcas específicas.
De acordo com dados do Cenp – Meios, a publicidade online alcançou uma participação de mercado de 33,5% no Brasil em 2021, ocupando o segundo lugar em investimentos, atrás apenas da TV aberta (45,4%).

Os anunciantes estão cientes de que um único anúncio mal posicionado pode prejudicar significativamente sua marca. Por essa razão, é essencial monitorar a linguagem natural que gera melhor engajamento e selecionar anúncios com base em conteúdo positivo.
À medida que os consumidores demonstram uma crescente aversão ao uso de seus dados pessoais para fins publicitários, a publicidade contextual está ganhando espaço. Com o auxílio de IA e aprendizagem de máquina, os profissionais de mídia podem alcançar maior eficiência, precisão e segmentação refinada.

A inteligência artificial permitiu que a segmentação contextual atingisse um novo nível de precisão, imitando padrões de comportamento humano por meio da aprendizagem de máquina. Ao exibir anúncios relevantes nos locais apropriados, os profissionais de mídia estão oferecendo uma experiência aprimorada aos usuários, que estão mais propensos a interagir com anúncios verdadeiramente pertinentes.